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SISTEMA

GENITO

URINÁRIO

BIÓPSIA DE PRÓSTATA

        A próstata é uma glândula masculina que pode ser acometida por diferentes processos patológicos, benignos ou malignos. A completa avaliação das doenças prostáticas inclue o exame físico realizado pelo urologista (toque retal), os testes de laboratório com dosagem de PSA, os exames de imagem (ecografia, ressonância), e por fim quando há indicação, a biópsia.

        As indicações principais para realização da biópsia são: presença de nódulos prostáticos identificados no toque retal ou exames de imagem; níveis elevados de PSA e/ou alta velocidade de elevação do mesmo.

        O procedimento é realizado sob anestesia local, com ou sem sedação; faz-se uma ecografia via transretal da glândula, seguida da coleta de fragmentos da mesma, com uma agulha própria para biópsia, sendo o material enviado para análise do médico patologista.

        As complicações relacionadas à biópsia são incomuns e podem ocorrer imediatamente após o procedimento ou ao longo dos primeiros dias. As complicações imediatas são: episódios vaso-vagais (sensação de mal estar inespecífica, hipotensão, náuseas); sangramento retal e na urina. As tardias são: sangramento retal, na urina e no esperma; desconforto para urinar; febre e calafrios, com quadro de prostatite e menos raramente infecção generalizada (apenas em 0,1% dos casos).

        Para evitar as possíveis complicações é fundamental seguir todas as recomendações médicas oferecidas antes e após o exame, bem como as orientações de preparo para a biópsia.

EMBOLIZAÇÃO DA PRÓSTATA

        Procedimento minimamente invasivo, utilizado para o tratamento da hiperplasia benigna da próstata (HPB), realizado através da punção percutânea da artéria femoral e cateterismo das artérias prostáticas com injeção de microesferas que determinam a isquemia da próstata e redução do volume melhorando os sintomas da hiperplasia da próstata (HPB). Saiba mais, visite o N.E.P - Núcleo de Embolização Próstatica 

NEFROSTOMIA PERCUTÂNEA

        Este é sem dúvida um dos procedimentos mais executados da prática intervencionista, e tem por objetivo permitir a livre drenagem, para o meio externo, do conteúdo do sistema coletor renal.

        A nefrostomia está indicada quando por alguma razão há uma obstrução a livre passagem da urina produzida no rim para a bexiga (tumor na bexiga, na próstata, no genital feminino, cálculo renal), esta urina retida no rim pode então infeccionar e pode também provocar a progressiva perda da capacidade de funcionamento renal.

        O procedimento consiste em inserir dentro do rim um dreno, por onde a urina possa sair. Este é realizado sob anestesia local e sedação, na sala de hemodinâmica e com uso da ecografia, para auxiliar na punção renal.

        Seu índice de sucesso é descrito em 98% dos casos e suas complicações são incomuns, cerca de 5%. A recuperação após o procedimento é rápida, necessitando apenas de algumas horas de observação.

       COLOCAÇÃO PERCUTÂNEA DE CATETER DUPLO J

        O cateter duplo J quase sempre será inserido através da bexiga, pelo médico urologista durante a cistoscopia, porém quando por alguma razão não for possível à passagem do cateter pelo orifício do ureter na bexiga, uma alternativa é a sua inserção via percutânea.

        A inserção do cateter duplo J tem por objetivo permitir a livre drenagem da urina produzida no rim para a bexiga, simulando o que ocorre no corpo naturalmente; ela está indicada quando por alguma razão há uma obstrução a livre passagem dessa urina (tumor na bexiga, na próstata, no genital feminino, cálculo renal).

        O procedimento consiste na colocação do cateter, através de uma punção na pele que chega até o rim e então o cateter é levado do rim até a bexiga, ficando com uma extremidade em cada um, simulando o canal natural que existe ligando eles dois, por onde a urina possa fluir. Este é realizado sob anestesia local e sedação, na sala de hemodinâmica e com uso da ecografia, para auxiliar na punção renal.

        Seu índice de sucesso é descrito em 98% dos casos e suas complicações são incomuns, cerca de 5%. Refere-se que com o tempo o cateter tende a obstruir e precisa ser trocado, a taxa de obstrução e de cerca de 54% em 3 meses e 95% em 6 meses.

       EMBOLIZAÇÃO PARA TRATAMENTO DO PRIAPISMO

        Priapismo é definido como uma ereção peniana prolongada e persistente, frequentemente dolorosa, desencadeada ou não por estímulo sexual.

        Na avaliação inicial, é necessário definir o tipo de priapismo, uma vez que, condutas diferentes serão adotadas, dependendo da classificação em: priapismo isquêmico – de baixo fluxo ou venoclusivo (tipo mais comum) e o não-isquêmico – de alto fluxo ou arterial.

       O priapismo não-isquêmico – de alto fluxo ou arterial, é o tipo menos comum e caracteriza-se pela presença de ereção tipicamente indolor, que tende a tornar-se crônica e recorrente, sendo frequente o relato de um antecedente de trauma na região perineal ou peniana.

       Ele decorre do aumento do fluxo de sangue nas artérias do pênis, na presença de um fluxo de sangue normal nas veias, o que causa o intumescimento dos corpos cavernosos e costuma ocorrer como resultado de alguma lesão vascular que surge após o trauma, como fístulas e pseudoaneurismas.

       A embolização é um tratamento que permite posicionar um pequeno cateter dentro da artéria comprometida, alcançando a lesão vascular existente (fístula ou pseudoaneurisma), seguido da injeção de um agente embolizante nesta, bloqueando o fluxo de sangue na mesma e impedindo que ele chegue em excesso ao pênis, controlando a ereção.

       Trata-se de um procedimento minimamente invasivo e que exige apenas anestesia local e sedação, exigindo baixo tempo de internação hospitalar (24h) e retorno precoce as atividades habituais

      PASSAGEM DE CATETER VENOSO DE LONGA PERMANÊNCIA

       Estima-se que existam no Brasil cerca de 50.000 pacientes com insuficiência renal crônica que necessitam de hemodiálise, para estes pacientes é fundamental a presença de um acesso venoso funcionante que permita as prolongadas sessões de hemodiálise sem interrupção.

       Sempre que possível estes pacientes devem ser submetidos à confecção de uma fístula, que vai oferecer mais qualidade de vida e um acesso de boa qualidade, porém, não raramente, os pacientes dialíticos por diferentes razões não podem ser submetidos à cirurgia para a confecção da fístula, sendo impreterível a instalação de outra opção de acesso venoso para dar início ou continuidade a hemodiálise.

       O cateter venoso de longa permanência representa atualmente a melhor opção de acesso na impossibilidade da fístula, este diferencia-se do cateter central comum, por ser posicionado abaixo da pele, na camada de gordura, evitando assim que ele fique exposto, reduzindo significativamente o risco de infecção e aumentando seu tempo de durabilidade.

        Quando comparado a um cateter central comum, que deve ser mantido apenas por duas semanas, o de longa permanência pode ser mantido por anos, desde que tenha boa manutenção.

        Seu implante é realizado com anestesia local e sedação, na sala de hemodinâmica, após a punção, guiada por USG de uma veia central (jugular, subclávia ou femural) ou ainda, para aqueles pacientes que já estão com todas as veias comumente utilizadas obstruídas, o cateter pode ser inserido através do fígado ou diretamente na veia cava, situações bem menos frequentes.

        A recuperação após o procedimento é rápida, necessitando apenas de algumas horas de observação.

EMBOLIZAÇÃO DE TUMOR RENAL

       O tumor renal pode se apresentar com dor, com ou sem massa abdominal associada e hematúria (sangramento na urina). Os tumores renais mais frequentes são o carcinoma de células renais (tumor maligno, mais comum em homens) e o angiomiolipoma (tumor benigno, mais comum em mulheres).

       A embolização tumoral pode ser realizada com diferentes objetivos, a depender do tumor em questão, se maligno ou não, dos sintomas presentes e da possibilidade de cirurgia para removê-lo completamente ou não.

       Em lesões malignas, que serão operadas o objetivo principal é reduzir o fluxo sanguíneo que chega ao tumor, permitindo que na cirurgia haja menor sangramento e com isso menos complicações cirúrgicas e menor tempo de internação.

       Nos tumores benignos, que não precisam ser operados, ou malignos avançados que não têm mais chances de cirurgia, o objetivo da embolização é reduzir o fluxo sanguíneo para o tumor e com isso controlar os sintomas a eles relacionados, principalmente a hematúria.

       Trata-se de um procedimento eficaz e seguro, realizado na sala de hemodinâmica, com anestesia local e sedação, exigindo curto tempo de internação hospitalar, em geral 24horas e rápido retorno as atividades diárias.

EMBOLIZAÇÃO DE VARICOCELE

        A varicocele é provocada pelo refluxo de sangue nas veias dos testículos, que se apresentam incompetentes, e então se dilatam formando verdadeiras varizes na região escrotal, similares as varizes que podem ser vistas na pernas. Tais varizes ocorrem em 15% da população masculina, com maior pico de incidência entre 15-25 anos, e em até 35% da população que sofre com infertilidade.

       O tratamento da varicocele está indicado quando a dor testicular pela presença das varizes; redução do volume dos testículos; ou alterações do espermograma, principalmente em homens com infertilidade.

       A embolização das varizes é um procedimento moderno, rápido e seguro, que tem por objetivo interromper o fluxo de sangue que segue para a veia testicular dilatada e consequentemente impedir que ele siga para as varizes. Sua técnica consiste em realizar um pequeno corte na virilha (2mm), por onde será introduzido um cateter que seguirá até a veia doente, e então, uma vez dentro da veia, serão injetadas partículas embolizantes que boqueiam a passagem de sangue.

      Trata-se de um procedimento minimamente invasivo e que exige apenas anestesia local e sedação, proporcionando ao paciente a mesma eficiência da cirurgia, com o aumento do número e da qualidade dos espermatozóides, e por sua vez a melhora do índice de fertilidade no homem, mas com um tempo de recuperação muito menor, exigindo baixo tempo de internação hospitalar (24h) e retorno precoce as atividades habituais.

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